segunda-feira, 3 de novembro de 2008

CFP versus Vaticano

Antes do CFP eu já havia publicado e me manifestado sobre a recém-lançada resolução do Vaticano que exige a avaliação, por psicólogos, da orientação sexual de candidatos a sacristia. Hoje (dia 3 de Novembro) finalmente o CFP se posicionou: Um documento divulgado pelo Vaticano na última quinta-feira (30), anunciando a decisão de recorrer a psicólogos para avaliar se os candidatos a entrar nos seminários da Igreja Católica são homossexuais foi repudiado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Pelo menos no Brasil, os psicólogos não poderão avaliar pessoas para essa finalidade, sob pena de infringirem o Código de Ética da categoria e a Resolução 001/99 do CFP, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual.
 
Considerando que a homossexualidade não é doença, nem distúrbio e nem perversão, a Resolução define que os psicólogos “não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”. A Resolução determina ainda que “os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”.

Apesar de considerar preconceituosa a posição, o Conselho não desconhece a soberania do Vaticano em definir suas normas internas. Contesta, isto sim, que a Igreja recorra aos psicólogos para respaldar esta posição e ignore os avanços dos movimentos sociais em todo o mundo, que defendem o direito à livre orientação sexual.

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